Adam Smith foi um economista escocês que no fim do século XVIII escreveu a obra “A Riqueza das Nações”. Um dos teóricos mais influentes da economia moderna, foi o responsável pela Teoria do Liberalismo Econômico.
Na época, esta obra contrariou todos os princípios econômicos que prevaleciam.
Princípios Econômicos que prevaleciam na época em que a obra “A Riqueza das Nações”, de Adam Smith foi publicada:
- Dominava a noção mercantil;
- A riqueza de uma nação era constituída em ouro e prata e não por bens de consumo;
- Havia um forte controle do governo sobre quase todos os setores da vida econômica;
- Havia grande oposição da classe dominante à distribuição eqüitativa da riqueza;
- A educação se restringia a uns poucos privilegiados;
- As Leis Criminais eram extremamente severas (principalmente para os pobres);
- O direito político das massas existia mais na teoria do que na prática.
“A Riqueza das Nações” representou uma revolta contra a ordem econômica vigente.
Princípios básicos defendidos pelo livro “A Riqueza das Nações”, de Adam Smith:
- A verdadeira riqueza de uma nação estava em seus bens de consumo;
- Deveria haver a mínima interferência possível do governo nos negócios;
- Deveria haver competição livre, mercado livre;
- Deveria haver altos salários para os trabalhadores.
Adam Smith achava que a principal motivação do ser humano baseava-se nos seus próprios interesses (auto-interesses) e que esses interesses se traduziam principalmente no desejo de adquirir riquezas.
Adam Smith afirmava também que o desejo de riqueza das pessoas acabava gerando o bem estar social como um todo, uma vez que a prosperidade de uma nação dependia de possibilitar de forma constante, uniforme e ininterrupta que cada um melhorasse as condições de sua vida.
Obs 1: Adam Smith acreditava que a iniciativa privada deveria agir livremente, com pouca ou nenhuma intervenção governamental.
Obs 2: Na opinião de Adam Smith, a competição livre entre os diversos fornecedores levaria não só à queda do preço das mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas, cujo objetivo final seria o de reduzir o custo de produção e vencer os competidores.
Obs 3: As doutrinas de Adam Smith exerceram uma rápida e intensa influência na burguesia (comerciantes, industriais e financistas), uma vez que era interesse desses acabar com os direitos feudais e com o mercantilismo.
Em relação às classes trabalhadoras, Adam Smith afirmava que:
- Formavam a maior parte de qualquer grande sociedade política;
- Nenhuma sociedade podia ser próspera e feliz quando a maior parte de seus membros é pobre e miserável;
- A recompensa liberal pelo trabalho aumenta a dedicação das pessoas comuns;
- Com salários mais altos os trabalhadores se tornam mais ativos e dedicados do que com salários baixos.
Adam Smith era contrário ao trabalho escravo praticado nas colônias americanas. Ele dizia que, ao contrário das primeiras aparências, o trabalho escravo era, no fim, o mais caro de todos.
Ele, de certa forma, comparava o trabalho escravo nas colônias, ao exercido pelos trabalhadores europeus mais simples.
Adam Smith considerava que as restrições impostas pelo país dominante às colônias representavam um meio de manter o monopólio de seu comércio o que era uma restrição aos seus “direitos naturais”.
Obs 1: As manufaturas inglesas tinham nas colônias americanas um importante cliente, e alguns empresários influentes exigiram junto ao parlamento inglês que fosse proibido aos norte-americanos a produção de bens similares, a fim de proteger seus negócios.
Obs 2: Adam Smith sabia que estas restrições acabariam por resultar na revolta dos americanos. Como Benjamin Rush, um doutor e líder cívico da Pensilvânia disse em 1775: "Um povo que depende de estrangeiros para comida e vestimentas será sempre dependente deles". Os americanos não tolerariam essas ingerências.
Obs 3: A solução de Adam Smith para as colónias americanas era fomentar o livre comércio, acabar com os pesados impostos aduaneiros e restrições comerciais e oferecer às colônias uma representação política no parlamento Britânico.
A parte mais importante da obra “A Riqueza das Nações” é o livro IV, onde Adam Smith faz a análise dos “Sistemas de Economia Política”.
No livro IV de “A Riqueza das Nações”, Adam Smith defende teorias sobre:
- o trabalho;
- a terra;
- as utilidades;
- o dinheiro;
- os preços;
- a agricultura
- os estoques;
- o comércio livre (interno e externo);
- a abolição de monopólios comerciais.
Adam Smith dizia ainda que as funções próprias do governo eram relativamente poucas, sendo as principais:
- evitar ataques estrangeiros;
- manter a ordem interna;
- participar na educação do povo.
A obra de Adam Smith sofreu muitas críticas por parte de pensadores liberais e radicais. Segundo esses pensadores, os excessos de liberdade (laissez-faire) praticados por homens de negócio e industriais, sem o controle ou a interferência governamental contribuíram para deturpar suas doutrinas.
Flávio